terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Dioceses publicam documento sobre desastre ambiental em Mariana


As dioceses que integram a Bacia do Rio Doce (Mariana, Itabira/Coronel Fabriciano, Caratinga, Governador Valadares e Colatina) publicaram declaração em defesa dos atingidos pelo rompimento da barragem com rejeitos de mineração, no Distrito de Bento Rodrigues, em Marina (MG). Os bispos dessas dioceses, integrantes da Comissão de Meio Ambiente da Província Eclesiástica de Mariana, da Caritas Brasileira Regional Minas Gerais e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) estiveram reunidos em Mariana (MG), no dia 22 de dezembro, e, após o encontro, publicaram o documento.

Declaração das Dioceses da Bacia do Rio Doce sobre a tragédia socioambiental causada pelo rompimento da barragem de Fundão

A tragédia provocada pelo rompimento da barragem de rejeitos de Fundão, da Samarco Mineradora, controlada pela Vale e BHP/Biliton, no distrito de Bento Rodrigues, município de Mariana-MG, ocorrida no dia 5 de novembro, chocou o mundo. Os estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, por um longo tempo, trarão as marcas desta tragédia cujas consequências ainda estão longe de ser mensuradas com precisão.

A vida de moradores do distrito de Bento Rodrigues e de trabalhadores da mineradora, bem como da fauna e da flora ao longo da bacia do Rio Doce, ceifada pela lama, não será esquecida jamais. O tsunami de rejeitos que levou impiedosamente os distritos de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, em Mariana, afogou também a história e os sonhos de sua gente. O mesmo se diga do município de Barra Longa que pranteia a destruição de comunidades rurais e do centro de sua cidade, agora invadido por máquinas provocando situações de desconforto nunca imaginadas.

O Rio Doce agoniza sob o olhar indignado de seus cuidadores, impotentes diante de tamanha tragédia. Dói constatar o comprometimento de seus afluentes, a morte de seus peixes, a poluição de suas águas e a incerteza de que volte a ser fonte de subsistência para as populações e a natureza. Esta tragédia feriu de morte o meio ambiente, “bem coletivo, patrimônio de toda a humanidade” (LS, 95).

Pensamos nas populações dos municípios atingidos nos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo que vivem situação de morte por causa desta tragédia, seja pela falta de água ou por sua qualidade comprometida; nos pescadores, que ficaram sem sua fonte de renda e sem perspectiva de que um dia possam retomar suas atividades; nos índios Krenak, cuja relação com as águas do RioDoce é carregada de cultura e religiosidade; nos agricultores que tiravam da terra, regada pelas águas do Rio Doce, sua sobrevivência.

Diante disso, as dioceses da Bacia do Rio Doce – Mariana, Itabira/Coronel Fabriciano, Caratinga, Governador Valadares e Colatina -, juntamente com a Comissão de Meio Ambiente da Província Eclesiástica de Mariana, Caritas Brasileira Regional Minas e Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), reunidas em Mariana-MG, no dia 22 de dezembro de 2015, manifestam-se inequivocamente do lado dos atingidos. Defender seus direitos e cuidar para que se lhes faça justiça será nossa tarefa permanente.

O momento é de unir esforços em favor dos atingidos e do pleno restabelecimento socioambiental, contudo, sem assumir compromissos e responsabilidades que competem aos causadores da tragédia. Por isso, é urgente apurar as causas do rompimento da barragem, identificando e responsabilizando os culpados, cuidando para que não haja impunidade nem conivência com o ilícito, e que os direitos dos atingidos sejam garantidos.

Passada a situação emergencial, as negociações se voltem para a compensação, reparação e indenização dos atingidos e a recomposição da bacia do Rio Doce. Insistimos que tudo seja feito coletivamente, respeitando-se o protagonismo dos atingidos que devem participar de todas as decisões que lhes dizem respeito. Exortamos os atingidos a se unirem a fim de que se constituam numa força para resistirem neste longo e penoso processo de reconstrução de suas vidas.

Esta tragédia enseja repensar o atual modelo de desenvolvimento em andamento no país que coloca o lucro acima de tudo, desconsiderando a vida humana e a do planeta. A atividade mineradora pode até trazer boa arrecadação aos municípios em que é realizada, mas é imperioso perguntar: a que preço? Não sejamos ingênuos, “o ambiente é um dos bens que os mecanismos do mercado não estão aptos a defender ou a promover adequadamente” (Pontifício Conselho Justiça e Paz – CDSI, 470). Urge “pensar também em diminuir um pouco a marcha, pôr alguns limites razoáveis e até mesmo retroceder antes que seja tarde” (LS 193). Não é possível mais viver sob a asfixiante corrida do consumismo alimentado por uma economia que faz do dinheiro um ídolo diante do qual todos se ajoelham.
Rever as políticas de mineração no país é inevitável. Aos parlamentares cabe esta irrenunciável tarefa que deve ser assumida na perspectiva do bem comum e jamais de interesses particulares ou de grupos que detêm o poder econômico. Que a sociedade civil organizada seja ouvida e levada a sério na elaboração do novo código de mineração em tramitação no Congresso Nacional. Os órgãos de fiscalização e controle social cumpram seu papel sem ceder à tentação da corrupção ou a qualquer tipo de pressão.

As autoridades competentes não se omitam no compromisso de fazer justiça às pessoas e à ecologia. Os meios de comunicação social, fiéis ao seu dever de informar com verdade e ética, não cedam ao poder econômico que corrompe nem à tentação de fazer da tragédia um espetáculo que deforma. Os Movimentos Sociais e as Organizações Não Governamentais empunhem a mesma bandeira da solidariedade e da justiça em prol dos atingidos e do meio ambiente a ser recuperado. As Igrejas cristãs, no contexto da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016, coloquem-se a serviço desta causa, motivadas unicamente pela força do evangelho que nos manda amar sem medida, fazendo-nos próximos uns dos outros. Nossas comunidades apoiem e favoreçam a organização e articulação dos atingidos, inclusive de grupos e movimentos que os assessoram.

Confiantes na proteção de Deus e na intercessão de Nossa Senhora, e comprometidos com a esperança afirmamos: “somos afligidos por todos os lados, mas não vencidos pela angústia; postos em apuros, mas não sem perder a esperança; derrubados, mas não aniquilados” (2Cor 4,8.9b).

Mariana, 22 de dezembro de 2015



Dom Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo da Arquidiocese de Mariana-MG

Dom Antônio Carlos Felix
Bispo da Diocese de Governador Valadares-MG

Dom Emanuel Messias de Oliveira
Bispo da Diocese de Caratinga-MG

Dom Joaquim Wladimir Lopes Dias
Bispo da Diocese de Colatina-ES

Dom Marco Aurélio Gúbioti
Bispo da Diocese de Itabira/Coronel Fabriciano

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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Fotos do Encontro do CEBI-MG com Fr. Carlos Mesters - "As Sagradas Famílias, de Gênesis ao apocalipse" 

Em Belo Horizonte/MG - 12/12/2015, de 08 às 12hs
Salão da Igreja N. Sra da Boa Viagem (ICAR)






Acesse no link abaixo:
https://www.facebook.com/media/set/?set=a.1017538428311159.1073741885.468064616591879&type=1&l=71a080c74f

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

V Assembleia do Povo de Deus: abertura


será no dia 13 de dezembro



 

As comunidades de fé da Arquidiocese de Belo Horizonte são convocadas para um momento muito importante: a vivência da V Assembleia do Povo de Deus (V APD), momento em que todos, em comunhão, vão renovar as Diretrizes da Ação Evangelizadora da Arquidiocese.   Integrantes das comunidades de fé, formadores de opinião, ministros, agentes de pastoral, evangelizadores, religiosos e religiosas, diáconos, padres e bispos, são convidados a trilhar o caminho missionário da V APD em atitude de escuta, reflexão e analises.
 

Durante a Assembleia Geral do Clero, realizada na terça-feira, dia 1º de dezembro, foi apresentada Carta Pastoral do arcebispo dom Walmor, que convoca todos os evangelizadores a participarem da V APD. O documento também apresenta o calendário de encontros, que serão realizados durante todo o ano.
Baixe aqui publicações importantes da  V Assembleia do Povo de Deus:

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Manhã de reflexão bíblica com Fr. Carlos Mesters em BH/MG


Feliz Natal - CPT Nacional


É preciso tomar as ruas e barrar o golpe - nota da Consulta Popular





A Consulta Popular vem a público repudiar o ataque golpista do Deputado Eduardo Cunha contra a democracia. Ao aceitar o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o corrupto Eduardo Cunha reafirma a agenda golpista dos inimigos do povo: as forças neoliberais e o imperialismo que têm seus interesses representados principalmente nas movimentações antinacionais e antipopulares do capital financeiro, de setores do empresariado, da direita partidária, do monopólio midiático conservador e de setores do judiciário.


Defender a legalidade do mandato da presidenta Dilma é defender a democracia. Neste sentido, devemos construir ampla unidade na sociedade para derrotarmos o movimento de restauração do neoliberalismo em curso.

Eduardo Cunha usa do cargo de presidente da Câmara para retaliação e busca de impunidade. O aviltamento das instituições e sua subordinação aos interesses pessoais de um acusado de corrupção é a expressão de uma profunda crise política que só uma Constituinte poderá dar respostas capazes de fazer o Brasil avançar na construção do desenvolvimento econômico e social.

Este fato aprofunda a crise política e nos encaminha para um perigoso impasse institucional. A polarização política tende a ser crescente. As iniciativas de setores da esquerda de buscar soluções pela via da conciliação de classes foi derrotada hoje.

Não é hora de baixar a cabeça. As ruas são do povo e é pela manutenção dos direitos, por mudanças na política econômica e pela democracia que seguiremos ocupando-a. Eduardo Cunha jogou sua última ficha pra se manter ativo nesse jogo, mas nessa partida quem da as cartas é o povo brasileiro!

Abaixo o golpismo!

Por uma Constituinte!

Pátria Livre! Venceremos!!!




http://www.consultapopular.org.br/noticia/%C3%A9-preciso-tomar-ruas-e-barrar-o-golpe

Não foi acidente - Plenária de solidariedade e luta (04/12, às 18:30h, Sindieletro

- Plenária dos movimentos populares - 
Não foi acidente. Organizar a solidariedade e a luta

A Frente Brasil Popular te convida para participar da plenária dos movimentos populares, onde iremos debater sobre o desastre de 
Mariana, o que isso tem gerado para Minas Gerais e para a conjuntura do país. 

Data: 04 de dezembro (sexta-feira)
Horário: 18:30h
Local: Sindieletro - MG (Rua Mucuri, nº 271, Floresta)

Aguardamos a sua presença.

Atenciosamente,

Pela 
Secretaria​
​Frente Brasil Popular - Minas​
(31) 3238-5000


"A vida é assim: 
esquenta e esfria, 
aperta e daí afrouxa, 
sossega e depois desinquieta. 
O que ela quer da gente é coragem." 
Guimarães Rosa 

Brasil de Fato MG - Assinatura



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segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Fotos do Forum das Pastorais Sociais do Regional Leste 2 da CNBB (MG e ES) de 06 a 08/11/2015 em Mariana/MG

Acesse aqui pelo link - https://www.facebook.com/media/set/?set=a.1712089572358427.1073741833.1605713836329335&type=3
Desastre criminoso das barragens de rejeito em Mariana.
Manifesto do Fórum das Pastorais Sociais do Regional Leste II

“A terra é dom do Criador” (Dt 8,7)

As Pastorais Sociais do Regional Leste II da CNBB[1], compreendendo os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, reunidas nos dias 6 a 8 de novembro, na Casa de Retiros Nossa Senhora da Alegria, centro do complexo de barragens das mineradoras dos municípios de Ouro Preto e Mariana, diante da catástrofe causada pelo rompimento das barragens Santarém e Fundão no dia 5 de novembro, denunciam o crime contra a vida, o meio ambiente e a biodiversidade, provocado pelas companhias Vale e Bhp Billiton (Samarco).
A exploração mineral no Brasil vem crescendo de forma desordenada e irresponsável. Ela é resultado de uma política de apropriação extensa de territórios, de bens naturais, culturais e recursos hídricos por grandes grupos econômicos. Este fenômeno tem provocado impactos violentos a povos, comunidades e territórios; tem gerado conflitos em toda sua cadeia: remoções forçadas de famílias e comunidades, poluição das nascentes, dos rios, do ar, poluição sonora, desmatamento, acidentes de trabalho, de trânsito, falsas promessas de prosperidade, concentração privada da riqueza e distribuição pública dos impactos, criminalização dos movimentos sociais, descaracterização e desagregação sociocultural.
Esta política excludente foi denunciada pelo Fórum Social da Arquidiocese de Mariana em 2012, em sintonia com o testemunho de Dom Luciano Mendes de Almeida: “Toda atividade mineradora e industrial deve ter como parâmetro o bem estar da pessoa humana, buscando a superação dos impactos negativos sobre a vida em todas as suas formas e a preservação do planeta, com respeito ao meio ambiente, à biodiversidade e ao uso responsável das riquezas naturais”[2]
Este desastre criminoso acontece dentro de uma sequência de outras tragédias ocorridas em várias regiões do país. Em Minas Gerais, destacamos: Miraí, Muriaé, Espera Feliz, Nova Lima/Macacos e Itabirito. As empresas mineradoras que as provocaram ficaram impunes e as famílias atingidas sem direitos garantidos.
Esse modelo depredatório e desumano parece não ter fim. Segundo os dados do DNPM[3] existem mais de 700 barragens de rejeito em Minas Gerais, dentre as quais, 43 em alto risco de rompimento, algumas com potencial maior do que as de Santarém e Fundão, causadoras de danos humanos e ambientais irreversíveis como a contaminação da água na bacia do Rio Doce. Esta tragédia agravou ainda mais a crise hídrica na região, prejudicando a vida de milhões de pessoas de Minas Gerais e Espírito Santo. A Vale vem matando sistematicamente o Rio Doce.
Como cristãos representantes das Pastorais Sociais, em sintonia com os apelos do papa Francisco na encíclica Laudato Sí, corresponsáveis pelo cuidado com a Casa Comum, exigimos que o Estado garanta o cumprimento de direitos das populações atingidas e afetadas, proteja o meio ambiente e puna com rigor os culpados.
Em comunhão com Arcebispo de Mariana Dom Geraldo Lyrio Rocha, fazemos nossa suas palavras: “A tristeza é grande, a dor é profunda, os prejuízos são enormes, a desolação não tem tamanho... Entre os escombros brotam sinais de vida e ressurreição. Deus está presente. O Ressuscitado comunica vida onde está a morte. O Espírito Santo acende a chama da esperança no meio dos gemidos de desespero.”
Distrito de Antônio Pereira/Ouro Preto – MG, 7 de novembro de 2015




[1] Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
[2] Declaração da Arquidiocese de Mariana diante dos impactos da atividade mineradora e industrial - Congonhas, 14 de setembro de 2012.
[3] Departamento Nacional de Produção Mineral

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

2º Seminário do Fórum das Pastorais Sociais do Leste 2: carta convite e programação


Nos dias 6 a 8 de novembro, será realizado o 2º Seminário do Fórum das Pastorais Sociais. Neste ano o Seminário terá uma particularidade: não acontecerá em Belo Horizonte. No intuito de conhecer outras realidades, o encontro será realizado na Casa de Retiro Nossa Senhora da Alegria, na Arquidiocese de Mariana.

Com o tema "Os valores que constituem a identidade e missão cristã no mundo", o 2º Seminário do Fórum das Pastorais Sociais é direcionado a coordenadores(as), agentes e lideranças de pastorais, organismos e movimentos sociais das (arqui)dioceses do Leste 2. Além de partilhar realidades pastorais o encontro pretende ser espaço para dinamizar e integrar o trabalho de evangelização e promoção humana, tendo como referência o serviçà vida, a opção preferencial pelos pobres e as Diretrizes Gerais da CNBB.

Serviço
2º Seminário do Fórum das Pastorais Sociais
6 (in
ício às 19h) a 8  (término ao meio dia) de novembro de 2015
Tema: Os valores que constituem a identidade e miss
ão cristã no mundo
Assessoria: Marilza Lopes-  Coordenadora do Conselho Nacional Leigos do Brasil (CNLB)
Inscrições: As inscrições podem ser feitas até o dia 18 de outubro, através do formulário on line, clique aqui 
São 2 (dois) participantes por (Arqui)diocese. O Fórum das Pastorais Sociais arcará com as despesas de alimentação e hospedagem. As despesas de transporte ficarão por conta das (Arqui)dioceses ou Pastorais Sociais.

Local do Encontro
Casa de Retiro Nossa Senhora da Alegria
Rua Florit
á s /n -  Vila Samarco (atrás da Pirâmide) - Mariana (MG)
Tel.: (31) 3553-8752 / 9767-8005 (Amanda)

Importante:
 Os participantes devem levar para o Seminário, síntese da realidade local da pastoral social da (Arqui) dioceses (5 minutos para cada diocese apresentar).

 É necessário que o participante programe a saída com antecedência, pois, chegando em Mariana, hánecessidade de outro transporte para o local do encontro.  
 É necessário levar roupa de cama e banho.
 Levar comidas típicas de sua região para a noite cultural. 

Nos links abaixo:
    
Outras informações:
Cebs: 31 3269-3132 (Suzana)
cebsmineiras@yahoo.com.br

Secretariado Regional Leste 2
31 3224–2434
comunicacao@cnbbleste2.org.br

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Cláudia Helena
Assessoria de Comunicação
(31) 3224-2434 /  3224-0017.

3º Encontro Arquidiocesano de Fé e Política - 28/11/2015 - Sábado de 08 às 17hs

ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA O 3º ENCONTRO ARQUIDIOCESANO DE FÉ E POLÍTICA

O Núcleo de Estudos Sociopolíticos, da PUC Minas e da Arquidiocese de Belo Horizonte (Nesp), informa que as inscrições para o 3º encontro arquidiocesano de fé e política já se encontram abertas AQUI>>>

O evento ocorrerá no dia 28 de novembro, sábado, das 8 às 17 horas, no campus Coração Eucarístico da PUC Minas (Avenida Dom José Gaspar, 500 – bairro Coração Eucarístico).


Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUw7d57WvBeOSHNKZFHZNY_ibbNFzelmejY6HMd4-tLMvX-P1eyD8yQHLpAMlSM86FMlKDjSaDcpz3_U6LImZV-D93DaO2i-ZwBTR-N4fR051m0X1arhQ8HoJUIeYRltVLcwKaswqa33k/s400/PPP+encontro.png


Com o tema: Fé e política: alegria e esperanças no cuidado com a vida”, o encontro tem como objetivos reunir grupos e práticas de fé e política no âmbito da Arquidiocese de Belo Horizonte; discutir a realidade sociopolítica e eclesial à luz do pontificado de Francisco; planejar e articular a caminhada dos grupos e práticas de fé e política da Arquidiocese e celebrar os dez anos do Nesp.

Na parte da manhã, depois da abertura inicial, três assessores apresentarão, numa mesa redonda, uma discussão acerca do contexto sociopolítico brasileiro, da conjuntura eclesial no papado de Francisco e das ações dos movimentos e grupos sociopolíticos na contemporaneidade.

Na parte da tarde, grupos de trabalho discutirão os desafios para formação, comunicação e as possibilidades de articulação, organização e de ação dos movimentos, grupos e coletivos sociais e pastorais.

O evento encerrará com uma plenária de debates e propostas de ação dos grupos, seguido de momento celebrativo.

As inscrições gratuitas (com direito a alimentação) irão até o dia 15 de novembro, exclusivamente no formulário eletrônico. São convidados,  preferencialmente, militantes de grupos e práticas de fé e política e membros de pastorais e movimentos sociais.

O 3º Encontro Arquidiocesano de Fé e Política é promovido pelo Nesp em parceria entre o Vicariato para a Ação Social e Política da Arquidiocese de Belo Horizonte e o Anima (Sistema Avançado de Formação da PUC Minas) e tem o apoio do Movimento Mineiro de Fé e Política.



Outras informações podem ser obtidas no Nesp:

- E-mail: nesp@pucminas.br
- Telefone: (31) 3319-4978 (horário comercial).


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Descrição: Menor

Lindbergh - Equivocada, política de austeridade jogou o país numa recessão

De: "Frederico Santana Rick fredsantanarick@gmail.com [assembleiapopularmg]" <assembleiapopularmg@yahoogrupos.com.br>
Enviada: 2015/10/07 09:03:40
Para: undisclosed-recipients@
Assunto: [assembleiapopularmg] Lindbergh - Equivocada, política de austeridade jogou o país numa recessão

http://noticias.uol.com.br/opiniao/coluna/2015/10/06/equivocada-politica-de-austeridade-jogou-o-pais-numa-recessao.htm

Equivocada, política de austeridade jogou o país numa recessão

Lindbergh Farias
Especial para o UOL


Desde o começo do ano, apresentamos argumentos contra a política econômica do governo. O governo optou por aplicar os conhecidos e fracassados planos de austeridade. Os resultados não têm sido nenhuma novidade: recessão, desemprego, queda da arrecadação e aumento do deficit orçamentário.

O Brasil apresenta uma peculiaridade. Os títulos da dívida pública são indexados à taxa que faz a administração monetária, a taxa de juros Selic. Erradamente, o Banco Central eleva a Selic para combater uma inflação que não tem como causa o aquecimento da economia. Pelo contrário, a política de austeridade já jogou o país numa recessão.

Mas a insistência numa política monetária equivocada impõe, então, custos orçamentários elevados. Enfim, cortamos de um lado (fiscal) e gastamos do outro (monetário). Estamos, definitivamente, enxugando gelo.

O ministro Joaquim Levy anunciou, ao apresentar as suas primeiras medidas, que o objetivo central da sua política de austeridade era diminuir os gastos para equilibrar as contas públicas. Para justificar as duras medidas, alegava que o Brasil fechara o ano de 2014 com um deficit nominal muito alto, que era de 6,7% do PIB.

Assim, o governo restringiu o acesso ao seguro desemprego, a benefícios da Previdência e ao abono salarial, além de ter contingenciado e cortado gastos públicos de forma generalizada. Cortou R$ 20 bilhões dos investimentos públicos, gerando um efeito perverso de paralisar o futuro da economia.

Depois de todos esses sacrifícios, como ficou a nossa situação fiscal? O Banco Central apresentou, em 30 de setembro, o balanço mensal sobre a política fiscal–com dados até o mês de agosto–, que confirmam as nossas expectativas em relação aos resultados esperados da atual política econômica.

A situação fiscal do país, mesmo com os cortes, piorou muito. No acumulado de 12 meses, o deficit nominal cresceu para 9,21% do PIB. No período de Joaquim Levy houve um crescimento do déficit de 2,5 pontos percentuais em relação ao resultado do ano de 2014. O balanço fiscal do Banco Central demonstra o fracasso retumbante da política econômica do governo.

A nota do Banco Central deixa evidente que a questão central que explica a ampliação do deficit fiscal é a política monetária equivocada. Vejamos esse trecho do documento: "No acumulado no ano [de janeiro a agosto], os juros nominais totalizaram R$ 338,3 bilhões, comparativamente a R$ 165,3 bilhões no mesmo período do ano anterior. Em doze meses, os juros nominais atingiram R$ 484,4 bilhões (8,45% do PIB), elevando-se 0,53 p.p. do PIB em relação ao observado em julho".

A política econômica de corte de gastos e juros elevados jogou a nossa economia na recessão. De janeiro a julho, a produção industrial caiu 6,6%As vendas do comércio varejista já acumulam uma redução de quase 3% no ano. E ainda, no acumulado do ano, houve uma queda real na arrecadação de 3%. O desemprego está crescendo e chegou a 7,6% em agosto, segundo o IBGE. E segundo o Dieese, só na região metropolitana de São Paulo a taxa de desemprego alcançou 13,9% em agosto.

Alguém acredita que essa política econômica pode dar certo? Objetivamente, sem mudar a política monetária não há saída. Infelizmente, esses números dos gastos do governo com juros não ganham a dimensão proporcional à sua importância na grande imprensa. Uma verdadeira blindagem esconde que o principal problema fiscal decorre da irresponsabilidade do Banco Central.

Os economistas liberais do PSDB silenciam diante da estratosférica taxa de juros, que beneficia principalmente os bancos e o sistema financeiro, e propõem arrochar ainda mais os trabalhadores e, em particular, os funcionários públicos. Defendem ampliar os cortes de gastos públicos, desvincular receitas que são obrigatórias para o orçamento da saúde e da educação e acabar com o piso de benefícios da Previdência, que hoje é o salário mínimo. Essas propostas aprofundariam a recessão, retirariam direitos sociais históricos e dilapidariam serviços públicos fundamentais, prejudicando ainda mais os pobres, os trabalhadores e a classe média.

A nossa proposta é outra. É necessário colocar o crescimento no centro da política econômica, mudar a matriz das políticas fiscal e monetária, fechando o ralo monetário/fiscal da perda de recursos, revertendo a política de corte de gastos e tributando os mais ricos, com a taxação de lucros, dividendos, das grandes propriedades, heranças, doações e fortunas.

A margem de manobra do governo para resistir à chantagem de setores do Congresso e às conspirações golpistas será muito menor se o desemprego continuar a crescer e houver mais cortes de direitos sociais. Mais do que nunca, a defesa do mandato constitucional da presidenta Dilma Rousseff está conectada à luta pela mudança do rumo da política econômica e à manutenção de direitos e conquistas sociais.


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Enviado por: Frederico Santana Rick <fredsantanarick@gmail.com>