sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Ministério do Trabalho responsabiliza Vale por trabalho análogo ao escravo

Ministério do Trabalho responsabiliza Vale por trabalho análogo ao escravo

Leonardo Sakamoto
27/02/2015 10:36
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A Vale foi responsabilizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego por submeter 309 pessoas a trabalho análogo ao de escravo em Itabirito, Minas Gerais. Segundo auditores fiscais, motoristas eram submetidos a jornadas exaustivas e a condições degradantes e foram vítimas de fraude, promessas enganosas e ameaças. Eles também não podiam usar o banheiro e tinham que trazer água de casa.

Questionada, a Vale afirma que uma empresa terceirizada é a responsável pelos trabalhadores. A matéria é de Ana Aranha, da Repórter Brasil:

Ela é a maior produtora de minério de ferro do mundo, está presente em cinco continentes e é a maior exportadora do Brasil. Apesar do vigor internacional, a Vale economizou na faxina do banheiro dos funcionários responsáveis pela retirada do minério de ferro das minas de Minas Gerais. O ar empesteado e as fezes espalhadas no chão foram apenas o primeiro sinal, quando a equipe do Ministério do Trabalho e Emprego começou a fiscalização, de que eram graves os problemas trabalhistas na Mina do Pico. Ao final do primeiro dia de inspeção, o canteiro foi interditado e a Vale responsabilizada por submeter 309 pessoas ao trabalho análogo ao de escravo.

O ambiente era “repugnante”, nas palavras dos auditores fiscais da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Minas Gerais. A inspeção, que teve início no dia 2 de fevereiro, autuou a empresa por 32 infrações trabalhistas.

As vítimas eram motoristas que levavam o minério de ferro pela estrada particular da Vale que liga duas minas em Itabirito. Embora fossem empregados por uma empresa subcontratada, a Ouro Verde, os auditores consideraram a terceirização como ilícita e responsabilizaram a Vale.

Procurada pela reportagem, a mineradora encaminhou nota apresentando a Ouro Verde como única responsável pelas infrações: “A Vale informa que a empresa contratada, Ouro Verde, teve seu canteiro de obras inspecionado pelo Ministério do Trabalho, quando foram definidas adequações no local necessárias e relacionadas à legislação de saúde e segurança. A contratada foi formal e imediatamente notificada pela Vale a providenciar essas adequações”.

Mas os órgãos fiscalizadores têm uma visão diferente: “A Vale sabia de tudo e deixou correr solto. Temos um relatório em que eles detectam e registram mais de 30 inconformidades nessa terceirizada”, diz o auditor fiscal Marcelo Campos, coordenador do Projeto de Combate ao Trabalho Análogo ao de Escravo em Minas Gerais e responsável pela ação.

“A Vale é a responsável por esses motoristas, não há dúvida disso”, afirma a procuradora Adriana Augusta de Moura Souza, que abriu um inquérito no Ministério Público do Trabalho para investigar a caracterização de trabalho escravo. Ela lembra que, em 2013, uma sentença judicial já proibia a Vale de terceirizar os motoristas internos. “A sentença é clara, o juiz cita expressamente a questão do transporte como atividade que não pode ser terceirizada”, diz a procuradora. Além desse, há diversos outros casos em que a justiça vedou a terceirização.

A Vale contesta essa sentença e se recusa em assumir a contratação dos trabalhadores. A multa acumulada pela “desobediência” está em R$ 7 milhões – equivalente a menos de 1% do lucro da empresa em 2014.

Apesar da dor de cabeça com a justiça, essa ainda parece ser a solução que apresenta o melhor negócio para a empresa. Segundo levantamento da procuradora do MPT, mais de 50% das atividades realizadas dentro do complexo minerário da Vale são terceirizadas, da implosão de rochas ao transporte. Quanto mais a empresa terceiriza, observa a procuradora, piores são as condições ofertadas aos trabalhadores.

Jornada exaustiva, sem água e sem banheiro – Devido ao estado de calamidade instalado no banheiro da Mina do Pico, os motoristas eram obrigados a fazer suas necessidades na estrada e não podiam tomar banho ou trocar de roupa ao fim do expediente. Voltavam para casa com roupa e pele sujas.

Tudo no ponto de parada estava tão sujo que ninguém tinha coragem de beber do bebedouro, que ficava logo ao lado do banheiro empesteado, lembra um motorista com mais de 30 anos de experiência que falou com a reportagem sob a condição de anonimato. “Até água pra beber tinha que levar de casa. Fazia mais de 20 anos que não via serviço ruim assim. Foi o pior da minha vida.”

Ele lembra que era obrigado a fazer horas extras. “A gente fica com sono, é perigoso”. A jornada exaustiva, em que a pessoa trabalha tanto e de forma tão intensa, que coloca em risco sua saúde, segurança e vida, foi caracterizada depois que os auditores contaram 2.777 turnos que excediam os limites permitidos.

Em um caso, um motorista dirigiu por 23 horas com apenas um intervalo de 40 minutos. Outro trabalhou do dia 14 de dezembro a 11 de janeiro sem nenhum dia livre – nem mesmo o natal ou o primeiro de janeiro. “Foram muitos os casos de não concessão das horas de repouso entre os turnos, isso tipifica o artigo 149 do Código Penal, que é reduzir alguém a condição análoga à de escravo”, afirma Aloísio Alves, procurador do MPT que recebeu denúncias sobre jornada excessiva na Ouro Verde e acompanhou os primeiros dias da fiscalização.

Promessas enganosas e ameaças – A supressão do tempo de descanso era incentivada pela empresa por meio de campanhas que ofereciam prêmios pelo aumento da produtividade, o que é proibido em atividades que envolvem risco. Nos depoimentos aos auditores, motoristas revelam que substituíram o almoço por bolachas e que passaram a dirigir na velocidade máxima permitida. Eles citam acidentes que teriam acontecido depois que a campanha teve início. “A gente começou a ver mais ultrapassagem perigosa. É caminhão pesando 100 toneladas ultrapassando caminhão de 30 metros de comprimento”, diz o motorista que não quer se identificar.

Tudo isso para receber um acréscimo de R$ 200 a 300 no vale refeição e para entrar no sorteio de uma moto e um aparelho de TV. Premiação que, aliás, nunca veio. Quando perceberam que a recompensa pelo esforço extra não fora depositada, alguns motoristas começaram a reclamar. Alguns pararam de trabalhar em sinal de protesto.

Foi então que as ameaças teriam começado. Segundo depoimentos registrados pelos auditores, o responsável pelos motoristas na Ouro Verde teria rasgado o papel onde o prêmio estava anunciado e agredido verbalmente os trabalhadores, humilhando e ameaçando de demissão quem reclamasse. De fato, quando os auditores chegaram à mineradora, os funcionários que reclamaram estavam sendo demitidos.

O custo do trabalho escravo -A mina ficou interditada por três dias, o tempo necessário para que a empresa tomasse as medidas de correção: lavaram e pintaram o local de descanso, consertaram o banheiro, instalaram chuveiros e se comprometeram a respeitar a carga horária dos funcionários. “Isso demonstra que manter os trabalhadores em dignidade não era algo difícil para a empresa. Ao que parece, a Vale apenas não queria ter esse custo”, aponta Campos.

Apesar de uma extensa ficha de problemas trabalhistas e impactos socioambientais, essa é a primeira vez que a Vale é responsabilizada pela exploração de mão de obra análoga à de escravo. A empresa é signatária do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo, afirma possuir uma política de monitoramento de seus negócios e ter excluído de sua cadeia de fornecedores usinas de ferro gusa que se utilizaram desse crime.

Apesar dos questionamentos da reportagem, a Vale não respondeu se a mesma regra se aplica à terceirizada que foi flagrada ao cometer o crime dentro da mineradora.

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Anexo(s) de Luiz Paulo Guimaraes | Exibir anexos na web
1 de 1 arquivo(s)
 

Fonte: email da Assembleia Popular MG

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

CIMI: Conforme os indígenas, situação de terror e apreensão fica ainda pior à noite

Indígenas relatam que à noite a situação de terror e tensão é ainda pior: caminhonetes circulam pelo local em alta velocidade, jagunços mostram armas
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Cimi Regional Mato Grosso do Sul

Há exatamente uma semana atrás, o Cimi denunciou a lamentável investida de jagunços armados contra um jovem Kaiowá nas imediações de Naviraí, município ao sul do Mato Grosso do Sul. Em busca de informações sobre as lideranças da tekoha – lugar onde se é - Kurupi, cerca de 20 homens armados sequestraram um jovem de 17 anos e infringiram contra ele uma longa e aterrorizante sessão de tortura psicológica. Os aspectos deste crime, somados a sistemática onda de violência acometida contra os povos indígenas, revelam a continuidade da formação de milícias anti-indígenas por parte dos ruralistas no estado.

Milícia anti-indígena sequestra e tortura jovem Kaiowá em Naviraí (MS) 

Apesar das constantes denúncias da comunidade de Kurupi, que chegou a protocolar formalmente ocorrência na Polícia Civil, Polícia Federal e Ministério Público Federal, os ataques continuam sem que os indígenas possam contar com nenhum tipo de proteção. Na noite desta terça-feira, 24, por volta das 20 horas, uma liderança de Kurupi ligou para um missionário do Cimi para pedir ajuda e narrar outro fato lamentável de covardia e violência contra sua comunidade. Segundo o relato, um indígena voltava para a comunidade indígena caminhando ao longo da BR-163 quando um fazendeiro conhecido da região, sujeito o qual os indígenas atribuem vários dos ataques sofridos desde o ano passado, o abordou de dentro de sua caminhonete, estacionando-a rente ao indígena e dizendo claramente que “as horas dos indígenas estavam contadas”.

O fazendeiro prosseguiu com as ameaças afirmando que, uma vez que a Justiça não cumpriu com seu papel (referiu-se a um pedido de reintegração de posse indeferido pela Justiça), os fazendeiros tratariam de realizar o despejo dos indígenas “com as próprias mãos”. Continuou dizendo que o ataque seria realizado à noite. Sorria e afirmava que seria “nesta noite ou em noite próxima” e que “uma vez que os indígenas não tenham entendido o último recado” (referindo-se ao atentado contra o jovem na semana passada), a solução seria “enterrar todos os indígenas definitivamente na terra que tanto querem”.

O fazendeiro afirmou ao Kaiowá que não agirá sozinho e que trará consigo muitos “contribuintes” para executar a ação. Após a partida do agressor, o indígena correu pela BR até estar seguro dentro de seu tekoha. Minutos depois, um espectro de terror e apreensão recaiu sobre as famílias indígenas de Kurupi. Ao cair da noite, caminhonetes com os faróis apagados começaram a passar em frente ao tekoha mostrando objetos para os indígenas, que os mesmos presumem se tratar de armas. As caminhonetes pararam em frente ao Kurupi e lá permaneceram por mais de uma hora em caráter de vigília e cerco fechado. Depois partiram, deram a volta, voltaram a passar em frente ao Kurupi e então se aglomeraram com mais alguns veículos a poucos metros do tekoha. Terror psicológico. Ameaça declarada.

Enquanto isso, os indígenas puderam escutar o barulho de veículos rondando a parte de trás da área por eles ocupada. Os barulhos vinham Justamente do local em que no dia 22 de outubro de 2014 uma caminhonete irrompeu a comunidade, a partir da mata, e tentou sequestrar um indígena cadeirante da comunidade.

Indígena cadeirante sofre tentativa de sequestro em Santiago Kue/Kurupi 

Até o último contato estabelecido com a liderança de Kurupi, os indígenas afirmavam categoricamente que os carros continuavam lá e que os barulhos advindos da mata aumentavam. “Estamos aqui lembrando do sequestro do Ivo (cadeirante), das expulsões que sofremos, das mortes de dos parentes, escutamos os barulhos dos carros. Por favor avise, a polícia. Tente nos ajudar porque não temos mais ninguém.  Sabemos do que eles são capazes, isso já sentimos na pele. Resistiremos como podemos, mas eles são muitos, que deus nos ajude”.   
                  
Diante do exposto, o Cimi volta a denunciar as investidas abertas e criminosas de fazendeiros e jagunços na região de Naviraí. É inaceitável o silêncio das autoridades frente às inúmeras denúncias realizadas por este grupo Kaiowá, que luta pelo direito constitucional de ocupação de seu território tradicional, o que para eles significa uma última chance de viver com a mínima dignidade. A violência na região se faz presente e mora literalmente ao lado dos indígenas, em especial é vizinha à comunidade de Kurupi. Novamente alertamos: caso providências não sejam tomadas, o desfecho para esta situação será novamente uma tragédia há muito anunciada, simbolizada em um pedido de socorro calado pela força bruta dos ruralistas e pela inércia dos responsáveis por assegurar ao povo Kaiowá seu direito constitucional mais sagrado, o acesso à terra de ocupação tradicional.

A terra indígena em questão já foi definida, através dos estudos de identificação realizados pela FUNAI, como sendo de ocupação tradicional. É pequena e já se encontra muito degradada pela exploração ilegal dos próprios fazendeiros. Mas ainda assim este espacinho se constitui como um grande sonho e símbolo de esperança e de futuro para estes indígenas. Apesar de todo sofrimento e angústia, os Kaiowá ainda acreditam que um dia poderão criar seus filhos e filhas longe da beira das estradas. Mas, se perguntam sem poder responder a si mesmos como e até quando eles viverão submetidos a esta condição de exilados de suas próprias terras.
               
Fazendeiro ameaça remoção dos Guarani-Kaiowá da aldeia Santiago Kue/Kurupi, mas indígenas prometem resistir

Fonte: CIMI - http://us6.campaign-archive2.com/?u=c06dfd10e7ac9baa1181324da&id=48648376cb&e=f2fbbe450a

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

TRAZENDO NOVOS TEXTOS - reflexões sobre a atualidade por Renato Thiel

Prezadas/os!
Prossigo na empreitada colocando-lhe à disposição novos textos sobre temas da atualidade brasileira e mundial.
Veja também no link a seguir breve vídeo lançando algumas luzes sobre a história da corrupção na Petrobras: onde, quando e com quem se abriu essa porteira:

Sugestões de lema para o 21º Grito dos/as Excluídos/as 2015

De : Grito Nacional <gritonacional@terra.com.br
Data: 23/02/2015 17h49 (GMT-03:00) 
Para: gritonacional@ig.com.br 
Assunto: Sugestões de lema para o 21º Grito dos/as Excluídos/as 2015 




Companheirada, articuladoras e articuladores  do Grito dos/as Excluídos/as, por este brasilsão!

Estamos solicitando a contribuição de todas e todos, para que se reúnam nos locais e debatam para sugerir a proposta de lema, eixos e objetivos do 21º Grito 2015,

Participe também desta construção coletiva para iluminarem a Coordenação Nacional, para o lema deste ano!!

Aguardamos as sugestões até quarta feira 25/02!!!


Forte abraço,

Ari/Karina/Goretti, pela Secretaria Nacional do Grito dos/as Excluídos/as

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Encontro de Mulheres da Arquidiocese de Mariana

Encontro de Mulheres da Arquidiocese de Mariana


Com o tema: Mulheres, presença forte na defesa da vida, a equipe de organização da Dimensão Sociopolítica, espera reunir 200 mulheres da Arquidiocese de Mariana, atuantes em trabalhos eclesiais e movimentos sociais, entre os dias 06 e 07 de março/15, em Barbacena/MG.

Um dos objetivos é partilharem as conquistas e desafios vividos na luta diária pela igualdade de direitos e defesa da vida. Propõe-se discutir o protagonismo feminino e formas de enfrentamento ao preconceito e ao patriarcado 'natural', quer seja no ambiente familiar, de trabalho e nas instâncias políticas, sociais e religiosas. 

Haverá mesa de discussão com os seguintes temas e respectivos mediadores: Mulher e a Reforma Política (Sandra de Assis Reis/Entre Rios de Minas); Relação de Gênero (Ivanilda Maria Vergílio/Manhuaçu); Violência contra a Mulher(Marileila de Moura Rodrigues Macedo/Barbacena).     

A Paróquia de Santo Antônio/Barbacena, por meio do Pároco José Eudes Carvalho é quem acolherá e sediará o evento.   

Maiores informações pelo telefone: (31) 3557 3167 - e-mail: spolitica@yahoo.com,br

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

A Dimensão Sociopolítica da Arquidiocese de Mariana realiza a Plenária dos Movimentos Sociais

A Dimensão Sociopolítica da Arquidiocese de Mariana realiza a Plenária dos Movimentos Sociais 

A Dimensão Sociopolítica da Arquidiocese de Mariana, por meio dos Militantes de Movimentos Sociais, Sindicais, Escolas Famílias Agrícolas e Pastorais da Microrregião Ponte Nova, realizará  PLENÁRIA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS, SINDICAIS E PASTORAIS, no próximo dia 21 de fevereiro, de 08:30 às 16:00, no Centro de Pastoral Região Leste/Ponte Nova-MG.  

Com o slogan: Juntos somos mais fortes, a plenária terá dentre outros,  o propósito de debater, planejar, encaminhar lutas  comuns para os próximos períodos, com ações regionais ampliadas e audiências nas Câmaras de Vereadores. 

A expectativa também é organizar plano de formação sobre a reforma política, a água, e outros temas afins.
 
Dentro da pauta sobre a reforma política já está previsto de, 10 a 13 de março, a Jornada de Lutas pela Constituinte e no dia 21 de Março: Seminário da Água em Ponte Nova.

Os telefones para contatos e informações: 31 7526 3438 (Tim), 31 8986 2536 (oi), 31 8496 5103 (Claro), 31 9504 4187 (vivo) ou ainda no e-mail secretariamabzm@yahoo.com.br

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

ENCONTROS DE ESPIRITUALIDADE ECUMÊNICA 2015 - TAIZÉ BH -



CLIQUE NO LINK ABAIXO E ACESSE FICHA DE INSCRIÇÃO PARA OS ENCONTROS DE ESPIRITUALIDADE ECUMÊNICA 2015

- TAIZÉ BH - 



Estudo sobre Doutrina Social da Igreja - Paróquia Pai Misericordioso em Belo Horizonte/MG

Estudo sobre Doutrina Ssocial da Igreja

 - Paróquia Pai Misericordioso em Belo Horizonte/MG -

Informações e inscrições: (31) 3435.6699 ou feepolitica.ppm@gmail.com


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Mais uma contribuição do Forum Político Interreligioso de BH: Juízes mineiros seguem acumulando benefícios em 2015

Juízes mineiros seguem acumulando benefícios em 2015


Foto: Reprodução
Penduricalhos chegam a custar R$ 40 milhões por mês ao Estado
06/02/2015
Renata Carneiro
Belo Horizonte
Os vários benefícios, popularmente apelidados de penduricalhos, concedidos aos magistrados mineiros em 2014, parecem não ter terminado com o final do ano. Ao que tudo indica, 2015 será marcado pela concessão de novos benefícios à categoria. Em janeiro, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) concedeu reajuste aos magistrados sem necessidade de aprovação de projeto de lei pelo Legislativo. A decisão foi embasada em uma decisão liminar concedida por Gilberto Martins, do Conselho Nacional de Justiça.
Até então, para reajustar seus subsídios, os magistrados dependiam da aprovação de projeto de lei nas assembleias legislativas dos seus estados. Depois dessa liminar, a obrigatoriedade foi anulada. Em Minas Gerais, já na primeira sessão administrativa do TJMG, no dia 28 de janeiro, os desembargadores votaram o próprio reajuste, que terá como referência o novo valor do subsídio de ministro do Supremo Tribunal Federal, de R$ 33.763, representando um aumento de 14,6%.
Ainda está pendente uma proposta apresentada em dezembro de 2014, pelo presidente do STJ, Ricardo Lewandowski, que prevê a criação, em nível nacional, de normas para concessão de benefícios extras aos magistrados como auxílios creche, alimentação e transporte, além do recebimento mensal de ajuda de custo para manter os filhos na escola particular até que eles completem 24 anos e ainda uma remuneração extra equivalente a 20% dos salários para pagamentos de cursos no exterior. 
Auxílio-moradia 
Em janeiro foi divulgado que o TJMG paga auxílio-moradia aos magistrados mineiros em valor superior ao fixado pelo Conselho Nacional de Justiça. Atualmente, o valor máximo determinado pelo CNJ é de R$ 4.377,73 mensais. Em Minas Gerais, o TJ paga R$ 4.786,14, benefício concedido a todos os magistrados, mesmo que possuam residência própria na comarca que atuam. O   valor foi fixado no mesmo patamar do Ministério Público de Minas Gerais, segundo comunicado do TJMG. 
Servidores do Judiciário seguem lutando pelos seus direitos
Dados do próprio TJMG demonstram alto índice de adoecimento dos trabalhadores do sistema de Justiça, mas, ainda assim, a reivindicação de auxílio-saúde não foi acatada. Aos magistrados, o TJ já concede o auxílio, no valor de 10% do subsídio.
Embora assegurada pela Constituição Federal e pela Lei Estadual 18.809/10, a revisão dos salários, de forma a repor a perda inflacionária, não é garantida pelo TJMG. “O que ocorre no Judiciário mineiro é a utilização de dois pesos e duas medidas. As demandas dos magistrados são atendidas prontamente, enquanto os servidores não têm respeitados nem os direitos já assegurados em lei”, critica a presidente do Sindicato dos Servidores da Justiça de 1ª Instância de Minas Gerais (Serjusmig), Sandra Silvestrini.

O Papa Francisco reconhece o martírio de Romero

O Papa Francisco reconhece o martírio de Romero
IHU -  Quarta, 04 de fevereiro de 2015
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/539603-o-papa-francisco-reconhece-o-martirio-de-romero

 
Foto: Globalist.it
Papa Francisco autorizou, na manhã desta quarta-feira, 03, a Congregação para as Causas dos Santos a promulgar o decreto sobre o martírio de Oscar Arnulfo Romero, arcebispo de San Salvador assassinado “in odium fidei” no dia 24 de março de 1980. A disposição do Papa representa a última etapa na surpreendente aceleração que caracterizou a última parte do caminho de Romero rumo aos altares: os peritos teólogos do dicastério vaticano para os santos expressaram, em 08 de janeiro passado, de forma unânime, a sua aprovação para a beatificação.
A confirmação do Papa em relação à promulgação do decreto estava prevista para a quinta-feira, 05, mas o Papa decidiu reduzir os tempos e assinar imediatamente. Uma decisão que contrasta com a lentidão, sabotagens e obstáculos que acompanharam a causa da beatificação, embora há muito tempo que os católicos latino-americanos o vem chamando de “Santo Romero da América”.
 
Fontehttp://bit.ly/1KnY9JJ 
A reportagem é de Gianni Valente e publicada no sítio Vatican Insider, 03-02-2015. A tradução é de André Langer.
A causa de beatificação de Romero chegou a Roma em 1996, após o término da fase diocesana, que aconteceu em El Salvador. A partir de então, os tempos se dilataram. Apesar das cartas com que o episcopado salvadorenho, vencendo antigas divisões, havia comunicado a Roma os votos unânimes para que se reconhecesse rapidamente o martírio de Romero. E, apesar dos numerosos pedidos dos fiéis, que esperavam ver Romero beatificado no ano do jubileu.
Nesses anos, em Roma, existia uma influente facção de altos prelados que alimentava resistências subterrâneas à canonização de Romero.
Um episódio notável aconteceu ao cardeal Francisco Javier Nguyen Van Thuan: exatamente em 2000, enquanto pregava os exercícios espirituais para a cúria romana e o Papa, o já falecido cardeal vietnamita havia lembrado Romero como um dos grandes testemunhos de fé de nossos tempos. E justamente por isso, ao final das meditações, recebeu duras recriminações por parte de alguns cardeais latino-americanos, que o acusavam de ter exaltado diante do Papa uma figura que, segundo suas opiniões, era controvertida, quando não “subversiva”. Poucos meses depois, saiu a publicação das meditações da Quaresma e nelas não figura o nome de dom Romero, nem sequer em citações ou alusões fugazes.
Durante muito tempo, o que havia justificado o atraso na causa foi o exame feito pelo ex-Santo Ofício sobre as homilias, o diário e os escritos públicos de dom Romero. Pretendia-se constatar a absoluta conformidade com a doutrina católica. Muitos anos e milhares e milhares de páginas. E a conclusão foi que no magistério episcopal de Romero não havia erros doutrinais.
Durante esses anos, quem assumiu um papel preponderante na gestão do expediente Romero foi, em particular, o cardeal colombiano Alfonso López Trujillo, influente assessor da Congregação para a Doutrina da Fé, que faleceu em 2008. E por influência sua, chegaram à Congregação para as Causas dos Santos algumas disposições contrárias à beatificação. Dali em diante não havia chegado ao mesmo dicastério nenhuma indicação que fosse em sentido contrário e que fosse capaz de desbloquear o curso do processo, para que pudesse prosseguir com os procedimentos ordinários do resto das causas.
Em maio de 2007, enquanto voava para o Brasil para a sua primeira viagem à América LatinaBento XVI respondeu a uma pergunta sobre o processo de beatificação de Romero. O Papa respondeu com uma pequena apologia do bispo assassinado: descreveu-o como “um grande testemunho de fé” e recordou que sua morte havia sido “verdadeiramente incrível”, diante do altar. Não se referiu nessa ocasião à categoria de martírio, mas disse que a pessoa de Romero “é digna de beatificação”.
Incrivelmente, estas palavras pronunciadas pelo Papa Ratzinger diante das câmeras de TV e de vários gravadores, foram esquecidas nas versões oficiais das transcrições da entrevista publicada nos meios vaticanos.
De acordo com alguns setores, levar Romero aos altares teria significado a beatificação da Teologia da Libertação, ou, inclusive, de alguns movimentos populares de inspiração marxista e das guerrilhas revolucionárias dos anos setenta. Preconceitos refutados há muito tempo, graças aos estudos do historiador Roberto Morozzo della RoccaRomero era um religioso devoto e atormentado, que conheceu a conversão pastoral diante do dramático sofrimento do povo nos anos da ditadura e dos esquadrões da morte.
aceleração que se verificou sob o Pontificado do Papa Francisco anula todas as cautelas e resistências alimentadas por preconceitos de ordem política. Romero, o verdadeiro Romero, não era um agitador ou seguidor de novas teorias políticas. Mesmo os seus textos e discursos mais “radicais”, quando do púlpito dizia os nomes e sobrenomes de quem oprimia o povo, brotavam dessa paixão pela sorte dos pobres, que é elemento ineludível da Tradição da Igreja.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Análise de conjuntura - Fevereiro 2015

Análise de conjuntura - Fevereiro 2015



Apresentada durante o Fórum das Pastorais Sociais, em 07/02/2015Regional Leste II – CNBB

Por Frederico Santana Rick


Clique AQUI e acesse o arquivo (necessário leitor de pdf).

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Seminário das Pastorais Sociais - Regional Leste 2

Tema: Perspectivas e Desafios das Pastorais Sociais na Igreja
Local: C asa de Retiro Cenáculo
Belo Horizonte - MG
De 06 a 08 de fevereiro de 2015

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